Esses dias alguém pegou na minha mão. Procurou minha mão, pra segurar, entrelaçar os dedos e não largar até o fim da noite.
Mal tô acostumada a alguém me querer até o fim da noite, quem dirá de mãos dadas. Até porque não deixo minha mão aí pra quem quiser pegar. Depois de um tempo, cada vez menos minhas mãos ficam à disposição de qualquer um que se aproxima. O beijo acontece, segue instintos e se sacia. Mas as mãos... elas dizem mais do que parecem. Elas dão o apoio, não deixam o outro partir, mostram que tem alguém do lado que não vai sair dali também.
Isso deveria ser reconfortante, certo?
Me assustei.
Chego a pensar que sou quase como um brinquedo quebrado; não sei mais dar mão, não sei mais como me entregar ou como acreditar da mesma maneira que muita gente faz. É como se tivesse algo funcionando errado em mim, respondendo errado a um estímulo externo.
Finalmente, hoje estou aprendendo a lidar com meus próprios estímulos. E colocar todo esse entendimento interno em zona de risco por conta de outra pessoa simplesmente me faz correr para outro lado do mundo.
Tudo tem seu tempo, lugar e pessoa. E só Deus sabe como é triste pra mim, a eterna romântica, dar as costas. Mas este não é esse momento.
Quem sabe em outro tempo, lugar, pessoa. Quem sabe quando eu me sentir outra pessoa.
Mas agora... sinto muito. Mesmo.
Preciso de mim mesma inteira. Preciso ir a procura das peças que podem estar faltando em mim. E quem sabe renovar outras antigas.
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