Algo me força a voltar pro Brasil. Só pode ser alguma confusão, moço, meu visto tá todo certinho. E eu nem vi o voo passar, como isso é possível?
Eu poderia pelo menos ter aproveitado o voo, mas nem isso. Simplesmente me jogaram nesse corredor interminável, enquanto eu tento apenas dar meia volta, pegar minhas malas e voltar pra Port Chester.
Eu nem vi a Estátua da Liberdade ainda! O Central Park, a Broadway, meu livro... Me dá uma chance, Deus!
Me deixa voltar, eu mereço isso. Eu preciso completar minha missão.
Me deixa, me deixa.
Please.
Acordo assustada do sonho que já é recorrente nessas duas semanas longe. Vejo as meninas dormindo, a tranquilidade do quarto e minha cama desarrumada. Beijo o travesseiro, abro uma frestinha da cortina de bolinhas, e assisto a luz da manhã entre as árvores da rua balançando no ritmo da brisa que anuncia o verão chegando.
Estou em casa. Obrigada, meu Deus.
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Um comentário:
Grazi, você escreve muuuuito bem me emociona..... :)!!!
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