sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As suas cores no seu olho, tão de perto

Me peguei esses dias me achando mal educada por usar óculos de sol.
Acho o máximo usar, principalmente nos 13 graus (numa escala de 14) de raios ultravioleta de Porto Alegre. O problema é que quando estou conversando com alguém, o óculos passa a parecer uma barreira entre a pessoa à minha frente e mim.
Se eu quero me comunicar, me expressar, mostrar o jeito que eu sinto, eu preciso deixar que a pessoa veja o meu olhar. É só ele que vai definir se eu tô fazendo charme ou falando a verdade. Meus olhos atestam a minha veracidade, uma das qualidades mais preciosas que se tem. As pessoas precisam ter acesso a eles, certo?
Agora, com um insight desses, também percebi que tem situações que eu evito olhar muito nos olhos das pessoas. Coisas e situações simples, geralmente com desconhecidos, mas é como se eu tivesse vergonha. Po, e não é como essas pessoas não mereçam saber quanto eu prestando atenção na conversa ou realmente acredito no que estou dizendo. E não é como isso não importasse, porque bem...
Desde que não seja feito de forma intimista, acho que todo mundo gosta de saber que está sendo bem ouvido e apreciado. E quase todos merecem isso, a não ser que se prove o contrário.
Então, por que não?
Olho nos olhos, e sei que estou mais perto de uma comunicação de verdade e verdadeira.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Eternidade de um Momento

Se tem uma frase que me dá nos nervos ler por aí quando se trata de relacionamentos é "que seja eterno enquanto dure". Puta frasezinha mala. E não porque fala uma mentira, mas sim porque reitera algo mais profundo pras nossas vidas, mas que nem sempre notamos. Okay, deixa eu me explicar.
Eu sou o conjunto de todas as coisas que eu vivi, boas ou ruins. E por mais que eu queira me esquivar ou fugir de algumas, não posso. Às vezes nem sei porque ou do que fujo, mas sinto que preciso. E é sempre em vão. As experiências ruins e boas que passei sempre vão estar aqui guardadas, só esperando o momento (muitas vezes inoportuno) para virem à tona.
E aí que vem a eternidade. O que significa ser eterno, se não estar para sempre marcado na mente e no coração das pessoas? E isso vale tanto para pessoas, quanto para momentos.
O que eu vivo, quem eu conheço, com quem eu me envolvo estarão para sempre marcados em mim. E isso pode ser uma coisa linda, tirando quando você descobre que realmente precisa aprender a conviver com essas marcas para conseguir criar outras, melhores e mais transformadoras.
Mas pensando bem... isso é algo lindo. Porque se eu não tivesse essas marcas... eu não aprenderia a lição.
Momentos e pessoas já são eternos dentro de nós a partir do momento em que permitimos que façam parte de nossas vidas. E não é a nossa vontade que os fará serem mais ou menos eternos.
Eles simplesmente...são.