quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Because I like the way it hurts..."

Uma música que estorou ultimamente, e com mérito, é a "Love The Way You Lie", do Eminem com participação da Rihanna.
A música fala principalmente sobre não conseguir viver sem alguém, mas ao mesmo tempo mentir, agredir e machucar essa pessoa. Eu particularmente adoro essa música; tá na minha lista de vícios do mês.

Uma das coisas que me atrai na música é a intensidade dos sentimentos. Uma necessidade tão imensa de ter o outro por perto que se é capaz de abrir mão do seu próprio bem-estar pra isso. E não como se abrir mão do seu bem-estar proporcione a felicidade do outro. Porque ele vai continuar a mentir, julgar e machucar, já que você se mostra complacente a isso, mesmo que depois até de hematomas nele...e em ti mesmo.

Até bem-estar se torna uma palavra controversa e relativa. É ruim com ele e pior sem ele?
Às vezes, torna-se um casal e simplesmente se esquece que cada um é uma pessoa diferente, que os dois vieram de lugares, experiências e valores diferentes. Que você é e sempre será um ser a parte, único. Nos iludimos achando que temos tudo em comum, que conhecemos completamente alguém que amamos. E nessa ilusão nos perdemos entre o que somos, o que queremos ser, o que o outro deseja que sejamos e vice-versa. Daí pra frente, apenas a ideia de sair do buraco parece muito pior do que fazer o buraco ficar ainda mais fundo.

Tudo isso por causa de um amor que, na tentativa de construir, perdeu o controle e destruiu tudo à sua volta porque não soube enxergar o outro como um ser a parte, que não necessariamente deve te ouvir ou obedecer. E pensar que esse amor poderia crescer e fazer dos dois pessoas melhores. Especialmente para vocês dois, juntos e individualmente.

Essa deve ser a noção mais difícil de se entender. Como é que dá pra ser eu mesmo, ter a minha individualidade, as minhas ncessidades, as minhas coisas, quando a gente tem que viver junto a outra pessoa e conciliar os dois universos que cada um traz para dentro do relacionamento? Como o próprio Eminem diz na letra da música com a Rihanna, essa junção pode se tornar algo como o encontro de um tornado com um vulcão. Mas a palavra está certa: conciliar. Não existe anular, perder, esquecer. Só se constrói algo a partir de um material já existente. Só se concilia quando há um equilíbrio entre as partes. O outro, num amor construtivo, acrescenta à minha individualidade da mesma maneira que eu acrescento à dele, justamente porque não somos iguais. De forma que esse crescimento leve à iniciativa pessoal que cada um pode ter de ser alguém melhor não só para o outro, como para todos que os cercam. Isso só se dá pelas diferenças, pelas individualidades, pelo respeito.

Podemos ser feitos um pro outro, mas não feitos da mesma coisa. Ainda bem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Rosa

Tenho um pouco de instrumentista, cantora, amiga, tradutora, professora, filha, estudante, freelancer... Tudo numa coisa só. Mas em todas essas coisas, tento ter uma só consciência: o sucesso só vem com suor.

Sinto que muitas vezes se tem a ilusão de que, só porque você é uma pessoa legal, as pessoas e a própria vida vai ter dar o sucesso de mão beijada.
Mas as boas oportunidades não aparecem de graça. Um rostinho bonito e um ar simpático podem te ajudar, mas o resto é trabalho árduo que leva tempo e esforço.
Você pode achar que vai ter fama, admiradores, sucesso e reconhecimento só participando de um Reality Show ou de uma bandinha de rock. O que pode te dar tudo isso sim, mas não isoladamente. O tal participante do BBB vai ter que sair da casa e se puxar pra se estabilizar nessa corda bamba que é o entretenimento, e o integrante da bandinha de rock vai ter que ter fôlego pra não surtar no meio de uma turnê ou arruinar a própria carreira por alguma idiotice do meio do caminho.
Minha professora na academia me disse esses dias que "as pessoas tem força de vontade, mas não tem vontade de fazer força". Real. Queremos um corpinho bonito, mas dá trabalho demais se exercitar naquele dia de chuva ou resistir à tentação do doce nosso de cada dia. Várias vezes, miramos muito mais no objetivo do que no caminho a ser percorrido, imaginando que vai levar pouco tempo, nem tanto trabalho pra "chegar lá".
A vida é difícil sim, e é muito mais fácil desistir no meio do caminho porque "tá difícil demais".
Mas se o sonho é grande o bastante e a força pra realizar maior ainda, acontece. Pode levar tempo, pode levar muitos tombos e cicatrizes, mas o trabalho duro (combinado com uma dose de bom senso para fazer boas escolhas) vai te levar ao teu objetivo.
E se você chegar lá e não for bem aquilo que você imaginou pra você...Bem, comecemos novamente. Descubra novos sonhos, busque novas conquistas. Afinal, não é o objetivo em si que nos dá a sensação de realização, mas sim o tempo e o esforço que aplicamos para conquistá-lo.

Como já diria O Pequeno Príncipe, "Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante".

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Proteste...já?

Toda semana tem algum grupo de "ações afirmativas" que invade as aulas da faculdade pra "passar um recadinho de 5 minutos" (que passa dos 15 quase sempre).
São estudantes como eu e você, mas que querem fazer parte de algo grande, e por isso saem pela faculdade falando de sua posição contra várias coisas que acontecem no campus.
O engraçado e irônico de tudo isso é que essas ações afirmativas, que por definição deveriam afirmar algo, só ficam negando coisas dos outros. Em vez de apresentar propostas concretas de mudanças, é só um embolado de ideologias que querem ir contra a corrente, mesmo que sem um motivo fundamentado.
E isso nem é algo essencialmente político. Acho que é essência mesmo, pelo menos de alguns seres humanos. Parece que é muito mais fácil dizer que se odeia tudo do que dar propostas positivas ou argumentos que façam alguma diferença pra coisa realmente melhorar.
As pessoas acham o máximo aqueles vídeos do Felipe Neto. E não nego: eu também curto bastante. Só espero (não que eu realmente acredite) que as pessoas saibam que o cara interpreta um personagem ali. Até ele mesmo, que reclama e xinga vídeo após vídeo, sabe que pessoas que se definem por meio de negações se tornam extremamente irritantes e impossíveis de se conviver.
Daí podem me dizer que muitas vezes a gente não sabe o que quer, mas pelo menos sabe o que não quer. É verdade. Mas basear sua vida nesse tipo de pensamento só garante que você é uma pessoa que não deve ser muito feliz e que não se questiona com frequência.
Por que em vez de reclamar a gente não começa a agir de verdade? A internet nos ajuda mais ainda pra isso, mas acho tem pessoas que interpretam mal isso. Como se um "CALA BOCA SEI-LÁ-QUEM" fosse realmente fazer a pessoa calar a boca (embora eu tenha seriamente apoiado o "CALA BOCA GALVÃO"). Será que não tem comentários mais positivos pra promover mudanças de verdade? Quem sabe mudanças no intelecto das pessoas?
Esses dias vi uma imagem no twitter que me tocou de verdade. Um protesto politicamente incorreto, mas totalmente válido. Um único protesto que, pra mim, não precisou de fundamentação pra me convencer: http://twitpic.com/2ecqpx
O amor é importante, porra.
Tá na hora de parar de reclamar e começar a agir de verdade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Amor (in)Mensurável

Vejo muito casal por aí declarando amor um pro outro. Lindo, prático e normal.
O mais complicado (e até irritante pra alguns) é quando um começa um "Eu te amo" e o outro acompanha com um "Ai, eu te amo mais", seguido por um "não, eu que te amo mais" e outro "não, EU te amo mais", ad infinitum.
Muitas vezes as pessoas e o casal pode falar isso só por brincadeira, mas eu acho que por trás dessa aguinha com açúcar tem algo bem mais profundo e até triste, de uma certa forma.
Minha vó sempre dizia que a mulher tem que amar menos; pra deixar o homem te amar mais do que você ama ele, pra se machucar menos que ele quando algo der errado. Resumindo: pra sair no lucro.
Com todo o respeiro à minha vó (e aos seus 55 anos de casada), acho uma baita lorota.
Se é pra viver um amor pela metade, melhor nem amar de verdade. Posso soar romântica demais pra minha geração, mas é bem isso que eu acredito. Tem que amar do seu jeito, na intensidade que você sente e pronto. Não precisa comparar com o outro e ficar medindo isso.
Não que eu diga pra você se jogar no precipício por amor sem pensar duas vezes, até porque não sei se eu mesma faria isso. Amor próprio existe e também se faz necessário. Mas se o amor é correspondido, da maneira que for, aproveita isso que já é algo tão raro nessa vida.
Emoção não tem medida. Se tem, é uma medida pessoal e indecifrável pros outros que não estão sentindo. Resta só saber se isso é o bastante pro parceiro(a) ou não. Acontece. É só uma questão de encaixe.
Cada um ama do jeito que pode, que sabe e que acredita. O importante é se deixar sentir isso. E cobrar mais do que isso do outro é querer mais do que pode receber.
Ame e ame muito. Só você mesmo vai saber o quanto isso pode ser importante e bom pra sua vida.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

"Você É o Máximo"

Tem várias coisas da essência humana que eu não entendo. Uma delas é essa necessidade de reconhecimento, que ninguém se salva.
Por que, afinal? Por que quando a gente faz algo bom, simplesmente não se conforma e fica feliz com isso? Tem que sempre ter alguém pra falar "parabéns! Você é o máximo" pra gente realmente sentir que fez a coisa certa?
Isso me incomoda muito. Porque muito disso eu vejo em mim, várias vezes. E não parece totalmente certo, nem totalmente errado.
Por exemplo, num trabalho (que geralmente é feito por obrigação) o que eu mais procuro é reconhecimento, seja da maneira que for. Se não aquilo, de obrigação, vira algo inútil e sem sentido. Algo assim também se aplica às ações voluntárias, mesmo que o reconhecimento venha de uma forma diferente. Um sorriso, um abraço, um "muito obrigado" funciona bem nessas situações, e até melhor do que qualquer quantia em dinheiro. O reconhecimento passa a ser um voto de gratidão, agradecendo o esforço e energia que você empregou para que algo acontecesse.
Por outro lado, reconhecimento excessivo se torna tão inútil quanto a falta de reconhecimento em alguma forma de trabalho. Parece que você vira uma criança, sabe? E daquele tipo mimada, que sempre precisa ter alguém do lado pra ir dando uma estrelinha do quadro a cada coisa boa que fizer.
Isso é patético. Tudo isso, em ambos os lados.
Talvez o que a gente precise é ter consciência do reconhecimento externo e interno. O externo, feito por outras pessoas, pode ser muito bom e necessário, porque é um estímulo a continuar se esforçando e fazendo ago direito. O interno pode ser melhor ainda, porque faz parte daquela consciência interna de que você fez a sua parte, não importa quem reconheça ou saiba. Essa pode ser a mais nobre das ações, sem esperar nada em troca. Mas, também, acho que esse tipo de ação e consciência exige uma auto-avaliação muito forte e sólida. E, sinceramente, hoje em dia é quase impossível desenvolver essa avaliação sozinho, sem uma opinião alheia que te faça seguir em frente e acreditar nos seus ideiais.

No final, quem vai encarar as consequências das suas ações é você mesmo, não outra pessoa. Portanto, não sei se esse reconhecimento é tão necessário, já que o outro não tem por obrigação saber o seu esforço, muito menos de ficar te empurrando pra frente toda hora. Acho sim que o reconhecimento é necessário quando se chega naquela parte do caminho que, como qualquer ser humano, você tem dúvidas. Porque questionar faz parte da auto-avaliação, do crescimento que todo mundo precisa passar. E pra responder essas dúvidas, sempre pode ser bom olhar pra dentro, pra si mesmo, mas também pra si memso inserido no mundo. Porque, querendo ou não, ainda vivemos numa sociedade. Ainda tem alguém que se importe com você e vice-versa, mesmo que seja a tua mãe. E por incrível que pareça, são essas as pessoas que podem realmente nos ajudar a crescer.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ás vezes eu penso que eu simplesmente enlouqueceria se eu não tivesse a música como parte da minha vida.


É, eu já estaria louquinha de pedra.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

As melhores coisas do mundo

- Feliz aniversário, Grazi! Tudo de melhor e mais lindo no mundo pra ti.
- Brigada, Cris, mas...eu já tenho vocês.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ano Novo

2009 passou e quase zero de posts aqui.
Um professor meu diz que as vezes tem disso na vida de quem escreve: Tem épocas que a gente passa meses e meses sem escrever, por algum trauma ou tipo diferente de processar informação, como simplesmete ler sem necessariamente escrever.
Li horrores esse ano. Acho que meu professor pode estar certo mesmo.
Será que esse ano será diferente?
Só conferindo pra saber.
Hit me, 2010!