quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Copo D'àgua

Qualquer um que já passou por um drama não aguentou mais. Qualquer um já teve que desabafar pros amigos. E qualquer um já teve que ouvir a famosa "não faça tempestade em copo d'água".
Entendo que todos que dizem isso só querem que o amigo dramático supere logo seu problema e veja as coisas belas da vida. Mas muitas vezes sinto que esse ditado mais diminui a relevância do problema do que aumenta a importância de todo o resto em volta dele.

Eu penso diferente. Acho que dentro da cabeça de cada um, todo problema é relevante e válido. Tudo depende de cada um, da maturidade e da percepção pessoal. Falar que o problema é pequeno só nos faz sentir ainda mais inúteis e impotentes.
Mas ainda assim, acredito que é possível entender a tal "tempestade".
Porque a tempestade não é o problema em si.


Tempestade é achar que estamos sozinhos. É achar que entre as 6 bilhões de pessoas que vivem no mundo, ninguém nunca passou por algo assim ou se sentiu assim. É achar que não vale a pena se abrir, porque ninguém vai entender. É alimentar a dor no isolamento.
Na verdade, todos nós temos que superar. Todos nós temos que esconder as lágrimas por trás de um sorriso para conseguir, no mínimo, ter um bom dia de trabalho. Todos nós temos que aguentar firme.
É difícil ver o namorado sair de casa sem entender. É difícil estar grávida no auge dos 21 anos. É difícil acreditar no amor de novo depois de um casamento de 15 anos. Da mesma maneira que milhares de outros problemas vão ganhar a proporção necessária, pessoal e intransferível na vida de cada um, para que esse indivíduo cresça e entenda seu propósito e sua essência.
A tempestade é interna. O copo nos isola dos outros.
Não estamos sozinhos.
E todos vamos superar.

domingo, 14 de outubro de 2012

Quatro falas, uma verdade

- Eu nem sei mais por quê eu choro. É como se tivessem tirado um pedaço de mim.
- Ninguém pode tirar de você o que é seu de verdade.
- Então por que ainda dói tanto?
- Porque você achou que era.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

É como andar de bicicleta...

Sempre fui um pouco cagona.
Sabe aquela emoção de soltar as mãos do guidão da bicicleta sem cair?

Sempre vivi bem sem a menor curiosidade de saber como era essa sensação.
Até agora.
Mas não é fácil me desapegar do passeio confortavelmente previsível de
segurar a bicicleta com as duas mãos.
Então, comecei com uma mão só, tentando arrumar o fone de ouvido. Bingo! Quando me
dei conta, já estava me sentindo tão confortável quanto antes, mesmo sem ter total controle.
Mas a segunda mão... Bem, é um projeto em andamento. Até agora,
consegui afastar as duas mãos uns 5cm por uns 5 segundos.
Ei, é já uma vitória!
Um pequeno passo para a humanidade, mas um grande passo para um coração a
procura de novas direções.
Uhu!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Símbolo


Afinal, é o que você representa? Ou o que você é?
Do que sinto falta?
Você era simplesmente o plasma dos meus desejos ou o que me fazia feliz simplesmente por ser?
Quando a solidão bate, nem sempre é tão clara essa distinção.
Mas quando me bate a saudade das manias simples, da conversa, da palavra, das mãos, do sorriso, do jeito...
Você é claro pra mim.
Não como um óbvio, mas um algo que me passa algo diferente, que me faz pensar em ser melhor.
Você é apenas um símbolo do que eu gostaria de ser.
E, ao mesmo tempo, a realidade do que eu gostaria de ter comigo.