sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Proteste...já?

Toda semana tem algum grupo de "ações afirmativas" que invade as aulas da faculdade pra "passar um recadinho de 5 minutos" (que passa dos 15 quase sempre).
São estudantes como eu e você, mas que querem fazer parte de algo grande, e por isso saem pela faculdade falando de sua posição contra várias coisas que acontecem no campus.
O engraçado e irônico de tudo isso é que essas ações afirmativas, que por definição deveriam afirmar algo, só ficam negando coisas dos outros. Em vez de apresentar propostas concretas de mudanças, é só um embolado de ideologias que querem ir contra a corrente, mesmo que sem um motivo fundamentado.
E isso nem é algo essencialmente político. Acho que é essência mesmo, pelo menos de alguns seres humanos. Parece que é muito mais fácil dizer que se odeia tudo do que dar propostas positivas ou argumentos que façam alguma diferença pra coisa realmente melhorar.
As pessoas acham o máximo aqueles vídeos do Felipe Neto. E não nego: eu também curto bastante. Só espero (não que eu realmente acredite) que as pessoas saibam que o cara interpreta um personagem ali. Até ele mesmo, que reclama e xinga vídeo após vídeo, sabe que pessoas que se definem por meio de negações se tornam extremamente irritantes e impossíveis de se conviver.
Daí podem me dizer que muitas vezes a gente não sabe o que quer, mas pelo menos sabe o que não quer. É verdade. Mas basear sua vida nesse tipo de pensamento só garante que você é uma pessoa que não deve ser muito feliz e que não se questiona com frequência.
Por que em vez de reclamar a gente não começa a agir de verdade? A internet nos ajuda mais ainda pra isso, mas acho tem pessoas que interpretam mal isso. Como se um "CALA BOCA SEI-LÁ-QUEM" fosse realmente fazer a pessoa calar a boca (embora eu tenha seriamente apoiado o "CALA BOCA GALVÃO"). Será que não tem comentários mais positivos pra promover mudanças de verdade? Quem sabe mudanças no intelecto das pessoas?
Esses dias vi uma imagem no twitter que me tocou de verdade. Um protesto politicamente incorreto, mas totalmente válido. Um único protesto que, pra mim, não precisou de fundamentação pra me convencer: http://twitpic.com/2ecqpx
O amor é importante, porra.
Tá na hora de parar de reclamar e começar a agir de verdade.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Amor (in)Mensurável

Vejo muito casal por aí declarando amor um pro outro. Lindo, prático e normal.
O mais complicado (e até irritante pra alguns) é quando um começa um "Eu te amo" e o outro acompanha com um "Ai, eu te amo mais", seguido por um "não, eu que te amo mais" e outro "não, EU te amo mais", ad infinitum.
Muitas vezes as pessoas e o casal pode falar isso só por brincadeira, mas eu acho que por trás dessa aguinha com açúcar tem algo bem mais profundo e até triste, de uma certa forma.
Minha vó sempre dizia que a mulher tem que amar menos; pra deixar o homem te amar mais do que você ama ele, pra se machucar menos que ele quando algo der errado. Resumindo: pra sair no lucro.
Com todo o respeiro à minha vó (e aos seus 55 anos de casada), acho uma baita lorota.
Se é pra viver um amor pela metade, melhor nem amar de verdade. Posso soar romântica demais pra minha geração, mas é bem isso que eu acredito. Tem que amar do seu jeito, na intensidade que você sente e pronto. Não precisa comparar com o outro e ficar medindo isso.
Não que eu diga pra você se jogar no precipício por amor sem pensar duas vezes, até porque não sei se eu mesma faria isso. Amor próprio existe e também se faz necessário. Mas se o amor é correspondido, da maneira que for, aproveita isso que já é algo tão raro nessa vida.
Emoção não tem medida. Se tem, é uma medida pessoal e indecifrável pros outros que não estão sentindo. Resta só saber se isso é o bastante pro parceiro(a) ou não. Acontece. É só uma questão de encaixe.
Cada um ama do jeito que pode, que sabe e que acredita. O importante é se deixar sentir isso. E cobrar mais do que isso do outro é querer mais do que pode receber.
Ame e ame muito. Só você mesmo vai saber o quanto isso pode ser importante e bom pra sua vida.