sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Unbroken

Gostaria de deixar um recado pra mim mesma aqui. Se servir pra você aí do outro da tela, melhor ainda. Mas presta bem atenção no que eu quero dizer.
Cedo ou tarde, todos nós vamos ter nossos corações partidos. 
Um parente morreu, você deixou de amar o amor da sua vida, você não consegue achar sua cara-metade, ou o seu bem-querer saiu pela porta pra não voltar mais... Não importa. O coração se quebra e não existe fórmula pra juntar ou remendar os pedaços. 
De certa forma, todos nós somos ou (sendo mais otimista) estamos quebrados ou remendados. Porque o mundo não é como a gente quer que seja. Porque o coração é algo frágil... demais.
Mas agora eu quero te convidar a olhar do outro lado. Quero que você veja além da sua bolha de auto-piedade. Quero que você olhe em volta e veja toda essa gente determinada caminhando pela rua com rumo definido. Agora observe com mais cuidado. Determinada? Rumo definido? Nem tanto. Algumas pistas, companhias e planos. Só.
Bem no fundo, estão todos despedaçados. 
Todos nós nos sentimos sem esperança de vez em quando. Todos nós não suportamos tanta injustiça no mundo. Todos nós uma hora cansamos de ser os mocinhos da história. Mas todos continuamos caminhando, buscando, tentando e tentando de novo até dar certo.
E a decepção dói tanto justamente por esse conflito. Porque tem algo dentro de todos nós que não nos deixa desacreditar na felicidade. Por mais que seja difícil continuar, essa força nos mantém de pé. De pé. Caminhando. Juntos. 
Se olhar pro mundo como ele é nos faz perder a esperança, olhemos para as pessoas. Se é nelas que vive essa força que busca a felicidade incessantemente... é por elas que devemos viver.
Você não está sozinho. Nunca.

sábado, 24 de agosto de 2013

Ali, Logo Ali...

É estranho olhar pra essa linha imaginária que separa o azul do céu do azul do mar. Parece algo tão simples, reto e previsível, mas que de alguma forma fascina os olhos. Mais fascinante ainda se, como eu, pela primeira vez na vida você vê o sol nascer desse mar. 
A chegada do novo dia ali, sem nada na frente, confirma de que o horizonte está de fato aberto. Mais aberto impossível, pra ser mais precisa.
Então aproveitei pra subir na prancha de Paddleboarding e remar pra mais pertinho. Subo de pé na prancha, e a linha parece ainda mais perto e mais incrível. Mas... o que meus olhos conseguiriam enxergar se eu avançasse um pouco mais ou se eu tivesse uma super-visão pra ver além desse horizonte? Acho que provavelmente eu daria de cara com algum canto da Europa. Poderia tá dando de cara com algum porto da Itália, vai saber. 
Vai saber.
Ainda sem a capacidade para perceber ou enxergar, posso estar olhando pra algo muito maior do que imagino. Ali, na minha cara, logo ali depois da curva, mas além da minha percepção.
E se eu perseguir esse horizonte? Pode levar tempo pra chegar em algum lugar, podem haver algumas várias tempestades no caminho ou a visão pode ficar turva. E, em todos esses momentos, certamente vou questionar aonde esta viagem vai me levar ou se estou no caminho certo.
Mas confio no "além da curva": nas aventuras inesperadas que a vida sempre me proporcionou para estender a minha visão e ir cada vez mais longe.
Além disso, acima de qualquer coisa, confio na força da corrente do meu coração.
Pra onde quer que ela me guiar, sei que estarei no meu destino certo.