segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sinceramente

Todo mundo julga, okay. Basta enxergar para começar julgamentos, suposições, rotulações.
Eu julgo, você julga, todos nós julgamos e não há escapatória. Sem a menor má intenção, você tá julgando até a tua avó.
Mas, de certa forma, julgar também é uma forma de desenvolver nossos valores, nosso discernimento, se tornando, então, algo positivo na vida das pessoas.

Agora...limite pra quê? Não é por causa de uma atitude, de uma fala, de um traço que eu vou julgar toda a personalidade daquela pessoa. Ou até, não é por causa disso que vou chegar nessa pessoa (seja amiga ou não) e pregando tudo que eu penso em relação a essa atitude como se eu fosse a dona da única verdade que existe no mundo.
É muita presunção. Pior que isso, é auto-afirmação não fundamentada e, muitas vezes, contraditória.


Pronto, falei.

domingo, 19 de julho de 2009

A Busca da Felicidade

Buscando a felicidade a qualquer custo,
nos esquecemos de nós mesmos no caminho.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cegueira

Não sei se o Saramago colocou os cegos desta maneira, mas, na minha opinião, ser cego é um constante teste de fé.
É como estar sozinho na parada de ônibus num dia de chuva, só você e sua guia, e seguir seu instinto de se afastar da calçada ao ouvir um carro ao longe para escapar de um banho inesperado.
Também como caminhar sozinho pelo centro da cidade e esperar pacientemente uma boa alma ter a boa vontade de te acompanhar ao atravessar a rua (e ainda sem roubar tua bolsa).
E se o instinto errar? E se a boa alma não aparecer?
Bem, acho que daí não resta muita opção.
A não ser acreditar.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

The Catcher in the Rye

"O Apanhador no Campo de Centeio" pode não ser o título de livro mais atraente que você já viu na vida, mas com certeza tem um dos melhores conteúdos.

People always think something's all true. ~J.D. Salinger, The Catcher in the Rye, Chapter 2

People never notice anything. ~J.D. Salinger, The Catcher in the Rye, Chapter 2

"Among other things, you'll find that you're not the first person who was ever confused and frightened and even sickened by human behavior. You're by no means alone on that score, you'll be excited and stimulated to know. Many, many men have been just as troubled morally and spiritually as you are right now. Happily, some of them kept records of their troubles. You'll learn from them - if you want to. Just as someday, if you have something to offer, someone will learn something from you. It's a beautiful reciprocal arrangement. And it isn't education. It's history. It's poetry." ~J.D. Salinger, The Catcher in the Rye, Chapter 24, spoken by the character Mr. Antolini

Okay, páro aqui, senão vou acabar citando o livro inteiro.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ilimitada

Cada vez mais, meus sentimentos parecem estar muito além do que meu corpo pode suportar.
Já senti a dor ao ponto de esquecer aonde estou, ou de sequer me importar com isso.
E já senti o amor que parece não conter-se no correr das minhas veias, como numa tentativa de romper o que se colocar a sua frente.
Talvez minhas emoções sejam um universo a parte, incompreensível e ilógico,
Mas em constante expansão.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Inquietudes

Qualquer detalhe pode ser fatal.
Um olhar basta para horas de sono perdidas.
Uma expectativa, e o cérebro parece não querer desligar por dias.
Até um bisbilhotada em perfil do orkut já basta para horas de questionamento infundável.
Um beijo basta para um dia inteiro sonhando acordada.

A inquietude está nos detalhes.
Nos detalhes está o essencial.
No essencial está a minha vida.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Perdendo a pose

Não preciso de ninguém.
Eu que sei o que me faz bem.
Ninguém me diz o que fazer.
Da minha vida faço o que bem entender.

Mas tudo fica tão melhor ao seu lado...
Quer ser meu namorado?

domingo, 12 de abril de 2009

And I...

I hope life treats you kind.
And I hope you have all you've dreamed of.
And I wish to you, joy and happiness.
But above all this, I wish you love.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Meu Melhor

Não vou mentir.
Não vou encobrir meus erros em nome de um sonho.
Não vou iludir seus olhos com algo que não sou.
Mas, se ontem outros podiam fazer muita coisa melhor do que eu,
hoje posso fazer qualquer coisa melhor do que mim mesma.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O despertar

"O tempo passa. Mesmo quando parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim."

- Capítulo 4 do livro Lua Nova, de Stephenie Meyer.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O bom, o ruim e o real

Certos momentos na nossa vida são tão ruins que você simplesmente deseja que alguém te belisque, pra você acordar do pesadelo e cair na real.
Outros são tão bons que você mal acredita, e torce pra que no dia seguinte você se lembre que aquilo não foi um sonho.

Mas, afinal, onde fica a realidade nisso tudo?

Talvez a realidade esteja naquele hora em você está quase dormindo e quase acordado, logo antes de cair no sono. Naquele estado em que tudo, o bom e o ruim, parece fazer sentido e te faz finalmente se sentir em paz.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.

A noção de contradição e coerência dos homens me parece um tanto distorcida.
Por que temos que ser coerentes e corretos todo o tempo, por toda vida?
Por que não podemos ter dois, três, quatro lados e ainda assim sermos nós mesmos?
E por que todos os lados de uma pessoa tem que ser coerentes e corretos?
Por que os lados opostos têm que ser necessáriamente contraditórios?
E mesmo que pareçam contraditórios...qual o problema?
Somos muitos dentro de um só. Muitas caras, muitos lados, muitas feras.
E todos nós merecemos a chance de nos descobrirmos e surpreendermos a nós mesmos a qualquer instante da vida.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Olhares

"Que foi?", ela perguntou enquanto ele a olhava.
"Nada, oras", ele respondeu sem entender.
Ele mentia, dizia a verdade, ou simplesmente olhava por olhar?
Ela percebeu que disso não saberia tão cedo.
"Que foi?", ele perguntou enquanto ela olhava as mãos dele.
"Nada, oras...Você tem uma mão bonita".
E ela não mentia. Pelo menos não para os outros.
Outra noite os dois estavam a ir embora após um sexo casual numa conversa casual.
"Leva o resto das camisinhas com você", ela pediu sem pedir.
"Leva você, pra usar com uns caras aí", ele brincou sem brincar.
"Há, boa piada", respondeu pensativa. "Leva você. Pega outras e se protege, pelo menos".
"Tudo bem...Vou levar pras gatinhas aí". respondeu ele, enquanto a olhava nos olhos com um largo sorriso no rosto.
Dessa vez não quis questionar. Ela sabia que algo significava realmente naqueles olhos. Mas também não quis pensar nisso. Perderia a graça.
Foram embora. E as camisinhas ficaram onde estavam, esquecidas em cima da cama.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Escadas

Subo as escadas sem olhar pra trás.
Não busco a ajuda do corrimão. As pernas doem, os músculos latejam.
Mas não paro.
Tentando cada vez ir mais rápido, tento não notar em que andar estou.
E mesmo quando sei onde estou, não percebo o quão alto estou.
Até chegar ao 17º andar, onde não tenho mais para onde subir, e olho para os lados.
Já consigo ver o topo do prédio ao lado. E já consigo olhar para baixo e sentir calafrios.
Como vim parar aqui? As pernas já não respondem às minhas ordens.
Mas, de repente, a altura já não parece intimidar. Muito pelo contrário.
A altura que agora me garante a segurança. É ela que me mantém afastada o bastante dos problemas, para sequer senti-los me corroendo por dentro.
É quando essa mão amiga aparece que tenho vontade de me entregar a ela.
E sentir o vento suave em meu rosto, tentando me alertar que o fim está próximo.
Mas o alerta apenas me acalma ainda mais.
E a vida finalmente parece muito mais simples.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Inconsciente

Meu cachorro chamado Luna aterroriza qualquer outro cachorro que entre em casa. Aterroriza, tira fora as mandíbulas, mata.
Mas logo preciso de um emprego. Meu pai me ajuda, eu confio com medo. Não tomo jeito de dirijir, muito menos ônibus. Muito menos ônibus minhocão. Ainda nem sei direito o trajeto do tal "Belém Velho Cristal UFRGS", mas todos acreditam que eu pego na hora. Já andei nesse trajeto antes, mas nunca consegui decorar ou realmente notar o caminho. Mas o que eu não souber, meu pai me guia.
Agora é minha primeira viagem. Ônibus razoavelmente cheio, mas já acertei a primeira curva. Até que não é tão difícil assim, é só virar o corpo que o volante vai junto.
Pra onde agora, pai? Direita, ele diz. Mas direita não é, como assim ele reconhece. Estamos agora num terminal, que fica como parada para voltar ao caminho correto.
Alguém embarca, até rola um intervalo, sair um pouco do ônibus. Mas na volta...cadê? Ele tava aqui mesmo, eu podia jurar! Corro desesperada pelo terminal, quase entro no ônibus errado, e nada.
Até que encontro o meu veículo. Vadia! Alguma puta tinha escondido a porta, e agora tomava o volante.
È quando eu a arranco da minha poltrona de motorista que...
"How can I decide what's right, when you're clouding up my mind..."
12:30. Meu despertador. Time to wake up.