quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vim do Brasil

Qual a proporção dos nossos pensamentos? Qual a nossa relevância às pessoas que nos cercam? O que você, eu, o sem-vergonha ali da esquina fazemos faz alguma diferença?

Hoje visitei a exposição "Activist New York", no Museum of the City of New York. E via história de pessoas que poderiam ser só mais um vizinho, colega ou desconhecido, mas que preferiram não passar em branco. Elas preferiram lutar pelo direito de imigrar e integrar, de ser mulher e votar, de trabalhar e ter qualidade de vida, de ter sua orientação sexual e ser livre, de ter direitos sem importar a cor... enfim, de TER DIREITOS IGUAIS acima de qualquer raça, classe ou origem. O interesse dessas pessoas poderia nem ser direto, mas era pelo DIREITO, não pelo interesse em si.

Nem sei se sequer tinham consciência do quanto, mas a iniciativa daquelas pessoas ecoam diretamente no corre-corre da vida de todo nova-iorquino, consciente disso ou não.
Ou agora alguém vai ter a cara-de-pau de chamar a líder do movimento feminista de "vândala" ou "baderneira"? Vão falar que o Lincoln tava mais é querendo ver o circo pegar fogo no congresso, né?
O MÍNIMO que eu, você e todo mundo pode fazer é AGRADECER por todas as pessoas que estavam ou estão na rua, PACIFICAMENTE, defendendo os nossos interesses a todo custo.
Então vamo parar de olhar pro próprio umbigo, vamo sair da bolha e perceber que as nossas ações ecoam pra sempre na história da nossa cidade, país e humanidade. Somos maiores do que pensamos, principalmente quando agimos e agimos JUNTOS.

Vale tudo: arte, educação, protesto, proposta política, ação voluntária...

Mas VAMO AGIR E MUDAR! E QUE SEJA ASSIM SEMPRE! Quero continuar batendo no peito de orgulho quando me perguntam daonde eu vim.
"Vim do Brasil e meu país tá trabalhando pra mudar pra melhor!"

sábado, 15 de junho de 2013

Questionário

Olá, Grazielle. Bem-vinda ao nosso site. Você sabia que solteiros tem 3 vezes mais chances de achar um parceiro conosco do que sozinhos?
Ah, não, mas... ok.

Então vamos começar. Qual sua idade?
24.

Onde você mora?
Port Chester, mas isso até novembro... talvez fique em Sorocaba depois, ou Santos ou depende do meu trabalho e... bem, deixa Port Chester mesmo.

Cite algo que você gosta de fazer!
Passear pela cidade e almoçar sozinha, lendo jornal e sem pressa.

Quais características físicas lhe agradam no sexo oposto?
Gosto de bíceps, mas costas também são legais. Estatura também pode variar, mas se for alto, melhor. Mas os baixinhos geralmente tem umas pernas legais. Cabelo vale tudo, menos careca, acho. Mas coitados dos carecas... Bota aí "sorriso legal" e não se fala mais disso, vai.

E quanto à personalidade?
Bom humor sempre cai bem, mas se for ciumento pode esquecer. Mas também não aguento aqueles desapegados. Grudentos também são terríveis, mas gosto de carinhosos. Inteligente, é bom alguém que gosta de livro. Ou música. Ou de se exercitar. E... quantas palavras cabem aí mesmo?

Como você se descreveria aos nossos pretendentes?
Hm... simpática?

E quanto ao físico?
Regular. Na média, acho.

O que você aprendeu dos seus últimos relacionamentos?
Não o suficiente, aparentemente.

E o que você espera de um futuro relacionamento?
Pessoas se... relacionando?

E como seria pra você um primeiro encontro perfeito?
As pessoas por aí ainda marcam ou se convidam pra um "primeiro encontro" assim?

Deixe um recado para seus futuros enamorados.
Que final de temporada louco esse de Game of Thrones, hein.

Obrigado, Grazielle! Aguarde alguns instantes enquanto procuramos a sua próxima paixão.
Dá tempo de morar no exterior, publicar um livro, firmar uma carreira e fazer um milk-shake nesse meio tempo, né?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Quinto Tom de Liberdade

A liberdade muitas vezes é associada a se sentir independente, dono de si, inteiro próprio, até como eu mesma já defini aqui. Mas isso é só o nosso ego gritando e agradecendo pelo carinho e atenção exclusiva. 
A verdadeira liberdade é o exato oposto. Se sentir livre de verdade é saber que tudo que te cerca não é seu. Sim, é lindo, incrível e infinito. E não é de ninguém. Você não é dono do que você vê, do que você teve e nem sequer do que você é. 
O que é do mundo é mundano, e o que é da essência é divino. Você está no meio dos dois, como a parte única e insubstituível que todos são. Fazendo a sua parte, a sua contribuição, de modo que sua única responsabilidade ser grato e cuidar de tudo isso. Seja a partícula mais feliz do universo, que só pode ser feliz agradecendo por isso ao compartilhar a felicidade com outras. Resumindo: sua responsabilidade é ser feliz.
Tem responsabilidade mais libertadora que essa?

(**Definir o sentimento de liberdade é um desafio pra qualquer um que, como eu, sente a necessidade das palavras.
Mas essa definição fica tão clara e tão simples só quando a liberdade é sentida em cada partícula do nosso ser.
Essa sou eu, numa manhã chuvosa na Quinta Avenida em NYC, procurando meu caminho ao Museu de História Natural e tentando equilibrar café, guarda-chuva e pensamento só em duas mãos.)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A Droga

Naqueles tempos em que a escola tentava despertar (ou, na verdade, acentuar) minha paixão pelos livros, a professora se dizia boazinha e nos dava opções de leitura. Uma delas foi o clássico da literatura adolescente "A Droga do Amor". Não li, prontofalei. Mas o título ficou marcado na minha memória muito mais do que o livro que eu de fato li.
Na época, acho que fiquei até assustada em pensar no amor como algo viciante, que as pessoas fazem de tudo pra ter e acima de qualquer consequência. "Que exagero, o amor não faria isso", pensava.
Acho que hoje entendo melhor esse conceito, principalmente quando percebo o tanto que colocamos em risco em nome desse tal de amor, até a nossa própria essência. A tal droga é a toxina que se infiltra e compromete qualquer estrutura que se coloca em seu caminho.
Mas por que ainda desejamos e buscamos pelo amor, mesmo grandinhos sem a ingênua leitura adolescente?
A gente vê por aí do que o amor é capaz. EU vejo o quanto o amor me fez passar, pra mal e pra bem.
Mesmo consciente disso, será que é só o vício que sustenta minha procura pela droga? 
Ou seria uma fé cega em um amor que não seja droga, mas que realmente ninguém conhece de verdade?
Seja qual for o motivo, essa busca às vezes me desnorteia,  como uma personagem de conto de fadas perdida no mundo real.
Mas, quem sabe, me perdendo por aí eu consiga chegar um pouco mais perto de mim e do meu próprio mundo. E um amor de verdade, nem real nem de conto de fadas, também possa me encontrar.