sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Amor (in)Mensurável

Vejo muito casal por aí declarando amor um pro outro. Lindo, prático e normal.
O mais complicado (e até irritante pra alguns) é quando um começa um "Eu te amo" e o outro acompanha com um "Ai, eu te amo mais", seguido por um "não, eu que te amo mais" e outro "não, EU te amo mais", ad infinitum.
Muitas vezes as pessoas e o casal pode falar isso só por brincadeira, mas eu acho que por trás dessa aguinha com açúcar tem algo bem mais profundo e até triste, de uma certa forma.
Minha vó sempre dizia que a mulher tem que amar menos; pra deixar o homem te amar mais do que você ama ele, pra se machucar menos que ele quando algo der errado. Resumindo: pra sair no lucro.
Com todo o respeiro à minha vó (e aos seus 55 anos de casada), acho uma baita lorota.
Se é pra viver um amor pela metade, melhor nem amar de verdade. Posso soar romântica demais pra minha geração, mas é bem isso que eu acredito. Tem que amar do seu jeito, na intensidade que você sente e pronto. Não precisa comparar com o outro e ficar medindo isso.
Não que eu diga pra você se jogar no precipício por amor sem pensar duas vezes, até porque não sei se eu mesma faria isso. Amor próprio existe e também se faz necessário. Mas se o amor é correspondido, da maneira que for, aproveita isso que já é algo tão raro nessa vida.
Emoção não tem medida. Se tem, é uma medida pessoal e indecifrável pros outros que não estão sentindo. Resta só saber se isso é o bastante pro parceiro(a) ou não. Acontece. É só uma questão de encaixe.
Cada um ama do jeito que pode, que sabe e que acredita. O importante é se deixar sentir isso. E cobrar mais do que isso do outro é querer mais do que pode receber.
Ame e ame muito. Só você mesmo vai saber o quanto isso pode ser importante e bom pra sua vida.

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