Fazia um bom tempo que eu não tinha muito tempo ou espaço conversar com a minha prima.
Ela acaba de virar mãe e eu acabo de voltar pra casa. Duas viradas.
Ontem tivemos uma chance de botar o papo em dia. O momento e o sentimento de cada uma certamente foi compartilhado, mas o papo foi diferente. Me senti pequena. Ela ali pra descobrir porquê o menino chorar, trocar a fralda, dar de mamar toda hora e eu aqui querendo falar da minha jornada de auto-conhecimento.
Que drama, que falta de rumo, que..ego.
Mais tarde, vimos as fotos do parto dela: um parto domiciliar abençoado que me trouxe lágrimas aos olhos.
Me fez pensar que daqui uns 24 anos é ele que vai estar aqui, na minha idade, assistindo essas imagens lindas de uma vida começando.
Senti novamente a pequenez, mas com uma grandeza temporal.
Nunca havia me visualizado 24 anos daqui; eu mesma, com uns 48 anos na cara. Mas agora com aquela criança por perto, pronta pra crescer e envelhecer... eu vi. Vi ele, vi meu rosto, vi minha família, vi a felicidade. Vi como a vida toma rumos que nem a gente espera ou planeja. Pode mudar em 1 ano ou 1 minuto.
E se em 9 meses a vida da minha prima já mudou totalmente, o que 3, 4 ou 5 anos não poderiam trazer de novo pra mim?
Todos meus problemas são grandes aos meus aprendizados no momento, mas muito pequenos em relação a tudo que eu vou conquistar e construir na minha vida. Tudo vai passar. Tudo vai transformar. Crescer, formar, repassar.
E eu ainda vou estar aqui.
Viva. Sorrindo.
Muito grata.
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