sábado, 15 de março de 2008

Observar turistas é uma atividade terapêutica

Há 3 tipos de turista em aeroportos: o perdido, o estressado, e o feliz.
Particularmente, minha preferência é dar informações aos "felizes". Se encantam por qualquer gentileza e praticamente pedem pra dar gorjeta ou pagar pelo mapa gratuito. Eu não aceito, claro, tenho bom coração.
Os "perdidos" na verdade não fazem muita diferença, a não ser que falem inglês. Quando perguntam "Do you speak english?" e com a minha resposta já mudam para o "felizes", tudo resolvido, falaremos claramente.
Bem, finalmente, o estressado. Estressado, como disse, vejo mais brasileiros e os amigos latinos. Mal-comidas, mal-dormidas, mal-humoradas. Sim, na maioria, mulheres. Querem informação de tudo. E se não temos, já fomos obrigados a ouvir "mas tá um horror o turismo aqui no Rio Grande do Sul, né?". Okay, a gente engole essa. Pelo menos aí tem comunicação. Com o os nossos vizinhos latinos é que complica. Talvez pelo fato de ficarmos em países tão próximos eles achem que a gente deve entender tudo que eles falam. Na velocidade que for. Já reparou que um espanhol falando rápido fala mais rápido do que em qualquer outra língua? Pois é, e quando eles se estressam (com vôos atrasados, por exemplo) a velocidade de fala dobra a cada segundo. Não tem portunhol que agüente!
Por isso que gostei do turista que veio aqui essa semana. Era italiano, chegou falando espanhol, e logo partiu pra um inglês. Quem dera eu também pudesse ser tão versátil para línguas. Mas um dia chego lá.

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