domingo, 20 de outubro de 2013

É Como Andar de Bicicleta (Parte 2)

Algum tempo atrás, soltar as duas mãos do guidão da bicicleta era como superar um medo. Na época, consegui soltar uma mão apenas ou ficar alguns míseros segundos com alguns míseros centímetros entre as minhas mãos e o controle da bicicleta.
Hoje resolvi tentar de novo. E, longe de qualquer medo, me diverti. Sem as mãos. Cair de cara no asfalto? Bater em alguma árvore? Que nada. 
Foi como houvesse a mão de uma outra pessoa guiando a bike pelo caminho certo, como meu pai fazia ao me ensinar a andar sem rodinhas. Enquanto eu continuasse pedalando, o destino era certo.
Entreguei o guidão ao vento para finalmente ter minhas mãos livres.
E abracei o mundo. 

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