terça-feira, 20 de maio de 2014

Nós, os Românticos Irremediáveis

Assistimos filmes e choramos torcendo pro mocinho alcançar a mocinha no final. Lemos livros e torcemos para que aquelas personagens perfeitas existam na realidade. Ouvimos músicas e ficamos sonhando com a letra e melodia, mesmo que não haja nenhum correspondente real no momento.
Nossa exposição romântica já vem desde a infância. E daí crescemos e nos deparamos com a realidade.
O carinha não ligou no dia seguinte.
Ele esqueceu da data.
Não apareceu no dia do encontro.
E não deixemos a culpa só pra outra parte.
Falar "eu te amo" não é tão simples quanto você imaginava.
Você não quer largar seus antigos hábitos só porque ele pediu.
Se entregar é mais difícil do que parecia.
E aonde foi parar toda aquela história de entrega e certeza em que tudo se tornaria mais fácil e simples só pelo fato de haver amor?
Esse sonho romântico era realmente nosso? Ou foi só uma ideia que o cinema, a literatura e a música inseriram no nosso inconsciente?
Não sei se um dia vou saber uma resposta. Realidade de fato e realidade interna são dois conceitos que se refletem e se fundem constantemente. É como se perguntar se o ovo ou a galinha veio primeiro.
Não consigo entender as origens, mas talvez consiga compreender o destino. Você pode não ser um romântico como eu admito ser, mas talvez pra todos nós seja uma boa hora pra deixar o orgulho e o ego de lado.
O amor não é exatamente como você esperava. Abrace o inesperado.
Você não consegue colocar suas necessidades nos braços de outra pessoa. Pare de achar que só você tem problemas ou soluções.
Colocar-se em primeiro lugar é prioridade número um. Aprenda a amar a si mesmo, mas se colocando no lugar do outro.
Tudo isso é especulação, na real. Eu não tenho nem metade de todas as respostas.
Mas ouso dizer que, sim, o amor é maior do que tudo. Não só o amor pelo seu parceiro, mas o amor por estar vivo, por ser capaz de amar e por ser capaz de mudar.
Se um dia a gente compreender de verdade esse amor, talvez até a ideia de romance também se transforme em algo muito maior que o nosso ego hoje consegue enxergar.
E isso nenhum filme, livro ou música precisava me ensinar. 
No meu euzinho mais profundo e tímido...
Eu sei.

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