sábado, 10 de maio de 2014

Quase

Acho que todo mundo tem uma pá de momentos-chave na memória. Aqueles do tipo que todas as mesas viraram, e nossa história tomou um rumo totalmente inesperado. Se a nossa vida fosse um filme, com certeza eles que seriam as cenas mais esperadas e mais emocionantes. 
Mas, na real, esses dias fiquei pensando sobre a importância de todos os outros momentos que acabam ficando só como cenas extras nesse nosso filme; aqueles que poderiam ser chave, mas não foram: os momentos-quase.
Sabe aquela chance de morar no exterior com o seu primo de terceiro grau? Melhor não.
E aquela hora que vocês finalmente conseguiram ficar sozinhos e o beijo não saiu da sua boca pra dele? Secou.
Ah, e lembra do vestibular daquela faculdade lá onde Judas perdeu as botas que você passou e nem deu atenção direito? Outro bixo pegou.
Foi por pouco, mas foi quase nada.
E quanto ao agora? O quê só precisa de um "sim" pra acontecer na minha vida? O quê falta em mim pra transformar esse "quase" em "chave"?
Coragem, minha gente. É verdade que o medo tem sua função em nos proteger das adversidades, mas somos nós que damos a ele o poder de deixar bem longe da realidade todo o potencial de felicidade que uma nova experiência pode nos oferecer.
Tudo bem ter medo. Tudo bem não querer. Tudo bem fechar portas. Mas antes de dizer "êni-a-ó- til, não", quem sabe pode ser mais interessante e até divertido pensar "por que não?"
E se alguma vozinha dentro de você disser: 
"Quem você pensa que é pra fazer tudo isso?"
Faça o favor a si mesmo de responder: 
"Quem eu penso que sou para não fazer?"

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